segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Apenas sinta...


espera-se tempos, em palavras, definir AMOR

e desta espera, tudo que possa exumá-lo, expô-lo visceral e desesperadamente...

espera-se compô-lo à paixão, destrinchando-os às igualdades e diferenças...

e nem mesmo os céus se abrem em desenlance para respostas

nem infernos deixam de curvar-se perante tal sentimento

porque dos sais, o mais forte, doce-amargo, que um ser pode provar.

porque mesmo nas trevas existe e em luz resplandece,

conhecendo nossos anseios e nossas vontades mais íntimas.

espera-se ao AMOR pôr fim, quando arde e queima, e nele atear chamas

porém, incapaz, até as sombras, consumá-lo, findando-o em pó...

A única pena perpétua e mortal de cada um de nós,

o único movimento a não desencadear-se aos ventos...

Pois dado ao AMOR a sorte, margens a abismos, nelas trepida, mas nunca resvala...

Dentro de uns milhares de corações, avilta e morde, fazendo-os sangrar

mas às mesmas almas, tece, silencioso e cheio de danos...

tornando-as menores diante de seu poder...

transformando aos homens que buscam afastá-lo...

entrelaçando destinos tão opostos...

e, desejosos ou não, faz-nos crer n'algo que

se antes posto mortal... Ora revive-nos ora mortifica-nos...

Eternamente!

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