"Por aquela tão doce
e tão breve ilusão..." (Florbela Espanca)
...
Mil tormentas...
o estrondo do meu coração
o espasmo dilacerante do vazio
e em mim, quando à paixão ateio fogo,
dói e queima, ardentemente,
matando a fúria da lembrança
do teu beijo
do teu corpo
das tuas mãos traçadas ao meu contorno...
E penso em mim nenhum segundo mais
mas penso incessantemente em ti
ornado de sonhos
de-fi-ni-das alucinações...
Nenhuma maior que outra
mas tão gratas por amar-te apenas
uma vez que seja...
teu perfume ainda jaz em minha roupa
na pele
adentrando-me tal seu gozo...
De certo a paixão já me ocupa
e esta é minha única e derradeira desculpa
para escrever-te...
Nenhum mal a menos...
só o teu calor ainda em meu corpo
e tua voz solta, clara, celeste...
e o que houve, por quanto voltará?
se em NUNCA, tão breve...
morro já de tédio e desolação...
então...
escuridão...
enquanto não me vejo mais
em teus olhos de menino!
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