quarta-feira, 15 de setembro de 2010

'- quem bate?'



n'algum ladrilho mais curto, naquele exato que não caberá meu passo
de vão em vão, entre dois ou três, prospero
num deboche meio amargo que voa para longe da lucidez
e entre estas lágrimas que vão gotejando pelo caminho.
as mãos,
os pés e tudo, então
tocando e apalpando a escuridão
dentro e fora d'alma
ao lado e diante daquilo mesmo que não sou.
não chegarei a ser...
coisa pequena!
questão de segundos para pisar fora ou dentro e perco a linha.
a linha é meu esboço para o mundo
pois nela eu moro, inconstante, e nunca piso
se piso, morro!
um, dois, três pulinhos e Santa Dinfna segura.
Hora de ir
no silêncio, enquanto ele habita ao redor
e, mesmo indo, não piso.
depois dos números ímpares, a claridade
e mato, mato o tempo e o que há nele.
nunca me satisfaço
e se, vez ou outra, o chão inclinar-se,
vou descalça, dedos presos com gosto.
que declínio!
espantosamente entediante.
envia-me, Deus, cura imediata ou valha-me!

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