sábado, 9 de abril de 2011
Á sangue...
O sangue das lágrimas desce silencioso,
perverso, mas nítido e pouco provável de vida...
É um sangue desumano e pérfido
que se desmaterializa quando toca o chão, a cama, o papel da escrita...
Ninguém pode sentir uma dor tão profunda e irremediável.
Nem a dor da morte, nem a dor das chagas mais profundas, senão as d'alma...
O que mata por dentro e destrói cada pedacinho de mim é, exatamente, o medo;
não conseguirei matar-me, não poderei fazê-lo com êxito, nem Deus perdoaria-me...
Sou espectro, agora, e talvez para sempre!
Morro a cada dia, antes mesmo da despedida...
e peço perdão ao meu Deus,
pela minh'alma e pelo meu egoísmo...
Mas o que é o mundo senão um lastro de dor e miséria...
Vive-se anos por um ideal,
que de repente é arrancado de você, sem explicação...
Vida desumana...
Vida em que vida mesmo não há entre os seres
só a miséria da essência humana
com labaredas mais ardentes que as d'um inferno imaginário...
Morrer é mais fácil e menos doloroso do que viver.
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