segunda-feira, 9 de agosto de 2010

amores...

descobri o segredo dos silenciosos
quando saem para devorar o ventre da noite
e mordem, calados, o tempo, o vazio
e somem com suas vestes escarlates, metálicas
cavaleiros das trevas, senhores do nada
quando voltam, assombram meus sonhos
quando partem, arrancam meu sono
o coração em decrépito, na espera amarga
o manto da Senhora já não toca minhas mãos
não acredito em Santos
já não oro em secreto
só o medo é conselheiro.
rendam-se, eu me rendo à entrega
quando eles vêem, vêm cobrindo as tropas do hades
com seus olhos em fogo e ferozes
punhais afiados e gritos prêsos
quando entram pelo grande portão, já não há
nunca houve salvação.
amores, amores... anjos da perdição!

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