segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ser EU


Devassa em pensamentos
tantos que não cabem naquilo que esforço pra ser
meu dilema e atropelos, todos juntos
são uma farsa para quem assiste
tudo, o tempo todo, a mentira sangrando no mármore
a falta de fé inebriante e desatinada
e a busca sagrada do que eu nem sei onde encontrar...
não há nada e ninguém olhando meu destino
as mãos de Platão por prejuízo
o desejo esmerado no corpo masculino
a filosofia desabitada que criei pra não me perder, inteiramente!
e as pessoas passam caladas
num silêncio feroz dos santos
dos anjos que caíram e não tem morada
dos ventos que sopram cruzados, desmoronando as paredes greco-romanas
e tudo, mais uma vez, numa falsidade prudente e irremediável...
Irremediada como minh'alma
minha culpa de AMAR sem ser amada
tanta e tanta gente!

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